O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta milhares de crianças em todo o mundo. Compreender seus sintomas, o processo de diagnóstico e as melhores formas de apoio é essencial para melhorar a qualidade de vida das crianças e suas famílias.
O caso de Miguel: Identificando o TDAH
Mônica, mãe do pequeno Miguel, de 9 anos, sempre percebeu que seu filho era mais ativo do que as outras crianças. Ele tinha dificuldade em ficar parado por longos períodos, e frequentemente ouvia comentários sobre seu comportamento ser resultado de uma suposta falta de educação.
Na escola, a hiperatividade de Miguel se manifestava claramente: ele tinha dificuldades para se concentrar, permanecer sentado e completar atividades sem distrações constantes. Isso levou os professores a intervirem com frequência, levantando suspeitas sobre um possível transtorno.
Para que o diagnóstico de TDAH seja confirmado, os sintomas precisam estar presentes antes dos 12 anos, ocorrer em diferentes ambientes (escola, casa, interações sociais) e impactar significativamente o aprendizado e as relações da criança.
Diagnóstico e tratamento
Preocupada com o comportamento do filho, Mônica decidiu buscar avaliação especializada. Após consultar um neurologista e relatar padrões como sono agitado e dificuldades de concentração, Miguel recebeu o diagnóstico de TDAH.
O tratamento incluiu o uso de medicação prescrita pelo neurologista, que ajudou Miguel a melhorar sua concentração e comportamento. Além disso, outras abordagens, como acompanhamento psicológico e estratégias pedagógicas, foram adotadas para melhorar seu desenvolvimento.
Desafios sociais e estigmatização
Mesmo com os avanços proporcionados pelo tratamento, Miguel continuava enfrentando desafios sociais. Ele tinha dificuldades para interagir com colegas, e seu comportamento, muitas vezes mal compreendido, o fazia ser rotulado de maneira negativa.
Mônica enfatiza que o comportamento de Miguel não é proposital, mas sim um reflexo de sua condição. A falta de conhecimento sobre o TDAH na sociedade contribui para a estigmatização de crianças que precisam de apoio e compreensão.
Estratégias de enfrentamento e apoio familiar
Para lidar com os desafios diários do TDAH, Mônica implementou uma rotina estruturada em casa. Ela criou uma lista de verificação para Miguel, ajudando-o a se organizar melhor e concluir suas atividades.
Além disso, ela defende a busca por ajuda profissional sempre que necessário, diferenciando a energia natural das crianças de comportamentos que exigem intervenções especializadas.
Preocupações futuras e a importância do suporte contínuo
Mônica também pensa sobre o futuro de Miguel, questionando como o TDAH pode afetar seu desempenho acadêmico e suas relações sociais. No entanto, ela permanece esperançosa de que, com comunicação aberta e apoio adequado, ele conseguirá superar os desafios e desenvolver todo o seu potencial.
Conclusão
O TDAH é um transtorno que pode impactar significativamente a vida de uma criança, mas com diagnóstico precoce, tratamento adequado e suporte familiar, é possível proporcionar uma vida plena e feliz. A sociedade também tem um papel crucial ao educar-se sobre a condição e evitar estigmas, garantindo um ambiente mais acolhedor para crianças como Miguel.